Floriano ainda ressaltou que a intenção da Justiça Eleitoral é coibir a desinformação no ato que ela seja denunciada. “A última coisa que a Justiça Eleitoral quer é ser ineficiente e, depois, ter que usar remédios que não são os melhores, como a posterior cassação. O que ela não quer é ser um ambiente de censura, mas não pode deixar de trabalhar para que a internet seja o ambiente mais limpo para que o eleitor escolha seu candidato”, afirmou no evento.
Durante o evento de Eleições 2024 do Google profissionais da plataforma anunciaram como a empresa combaterá a desinformação nas eleições deste ano e como será a contribuição. Umas das iniciativas é a parceria com o TSE, por meio do Centro Integrado de Enfrentamento à Desinformação e Defesa da Democracia (Ciedde). As outras são aplicações de políticas para filtrar conteúdo, além do uso de Inteligência Artificial (IA) para identificar fake news.
Durante o evento, a gerente de Relações Governamentais e Políticas Públicas do Google Brasil, Flávia Annenberg , ressaltou que a missão da empresa é “conectar os eleitores para que eles possam tomar uma decisão bem tomada”.
A empresa pretende, além de combater fake news, enaltecer a informação de qualidade, disseminar informações confiáveis. “Vamos colaborar no combate à desinformação. O Google usa ainda IA para reconhecer conteúdo que não deveria estar nas nossas plataformas, para reconhecer conteúdo falso”, afimou Annenberg.
Informações confiáveis
Também foi apresentado no evento como a Busca e o YouTube vão conectar os brasileiros a informações de qualidade. No caso da Busca, os usuários vão ser direcionados a informações oficiais do TSE ao buscar por “ título de eleitor”, “como votar” e “onde votar”.
Nas eleições de 2022, esses recursos foram visualizados quase 240 milhões de vezes, o que permitiu aos eleitores encontrar informações sobre como regularizar seu título de eleitor, encontrar locais de votação e entender como votar.
No YouTube, durante o mês de maio deste ano, banners de utilidade pública na página inicial do site direcionaram os usuários para informações oficiais do TSE sobre como regularizar o título de eleitor. Em outubro, novas versões dos banners serão exibidas aos usuários, conectando-os a informações no site do Tribunal sobre como votar e também aos resultados do primeiro e segundo turnos.
Publicidade
O Google vai ainda proibir a divulgação de anúncios políticos para as eleições municipais de 2024 nas plataformas da empresa. A decisão tem como base a nova resolução do TSE sobre publicidade de candidatos e partidos.
A medida vai afetar a publicidade on-line do Google Ads, ferramenta de anúncios para alcançar usuários dentro das plataformas, como YouTube e Busca.
A resolução do TSE determina que a empresa que oferecer impulsionamento de conteúdos políticos eleitorais mantenha repositório para acompanhar informações do anúncio, como conteúdo, valor gasto, anunciante e público-alvo.
A propaganda eleitoral poderá ser veiculada a partir de 16 de agosto deste ano.
Por Manoela Alcântara
Fonte: metropoles.com