Segundo investigação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP), a Minas Reciclagem usava bebidas alcoólicas como forma de remuneração de catadores que trabalhavam na empresa e de dependentes químicos que vendiam alumínio e cobre.
A Novelis, maior recicladora de alumínio do mundo, compra matéria-prima da Minas Reciclagem. As informações foram reveladas pelo portal Repórter Brasil, nesta sexta-feira (23/8).
“Determinei ainda que a Secretaria Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos acione o Comitê Intersetorial de Acompanhamento e Monitoramento da Política Nacional para a População em Situação de Rua (CIAMP-Rua) e a Associação Nacional dos Catadores para que acompanhem este caso e outros que porventura possam existir”, disse o ministro dos Direitos Humanos.
“Mais do que nunca, um fato como esse reforça a necessidade de um política de direitos humanos e empresas no Brasil. Todas as providências cabíveis, em articulação com as autoridades do Sistema de Justiça, serão tomadas a fim de que casos como este sejam investigados e solucionados com rigor”, afirmou Silvio Almeida.
De acordo com a reportagem, a investigação do MPSP teve acesso a notas fiscais de bebidas alcoólicas compradas pela Minas Reciclagem. Em uma ocasião, a empresa pagou R$ 4.572 por 1.440 garrafas de 500 ml da Cachaça do Barril.
“Pagam [os catadores] às vezes com pinga, às vezes com moedas”, disse o Eduardo Roos Neto, promotor do Gaeco.
Fonte: metropoles.com