Em audiência de custódia, a juíza Leila Cristina determinou a liberdade provisória de Lucas desde que ele siga uma série de medidas cautelares. Uma delas é o comparecimento ao CAPS para tratamento de esquizofrenia no prazo de 15 dias.
Lucas foi preso em flagrante na rodovia BR-158, entre as cidades de Piranhas (GO) e Bom Jardim (GO). Os policiais do Batalhão Rural faziam uma patrulha intensificada após denúncias de incêndios na região. Segundo a PM, cerca de 700 hectares foram queimados por causa da ação criminosa do salgadeiro.
Ele relatou em depoimento para a Polícia Civil que recebeu cerca de R$ 300 para provocar os incêndios na fazenda de um desafeto político. Além disso, apontou um suposto mandante do crime, um pedreiro de 33 anos, que nega qualquer relação com o caso.
“Que a motivação foi política, mas o interrogado não sabe detalhes sobre os fatos. Que o mandante do crime não disse o nome do proprietário da terra, afirmou apenas que era um desafeto político”, declarou Lucas no interrogatório.
Investigação
O caso está sob investigação da Polícia Civil de Aragarças (GO). O delegado responsável, Fábio Marques, afirmou ao Metrópoles que, até o momento, a motivação política e o mandante do crime foram apenas noticiados de maneira informal, sem confirmação nos autos. Segundo ele, “o que se tem até agora é o dolo de provocar dano”.
Marques também solicitou uma vistoria para avaliar os estragos causados pelo incêndio, mas ainda não há clareza sobre a propriedade da fazenda destruída ser de um político. Durante a prisão do salgadeiro suspeito, a polícia apreendeu um celular e R$ 307 em espécie.
Várias regiões do Brasil, entre elas Goiás, estão sofrendo com uma onda de incêndios. A Polícia Federal (PF) abriu inquéritos para investigar casos de incêndio criminoso. Duas pessoas foram presas no domingo em São Paulo.
A reportagem entrou em contato com a defesa de Lucas e aguarda um retorno. O espaço segue aberto para esclarecimentos.
Por Thalys Alcântara
Fonte: metropoles.com