Caso Anic: suspeito usou obra para deixar corpo de advogada em pé

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Via @metropoles | O principal suspeito de ter assassinado a advogada Anic Herdy, desaparecida desde fevereiro, Lourival Correa Netto Fatica, confessou ter matado, sepultado e concretado o corpo de Anic na garagem da própria casa. Segundo o delegado responsável pelo caso, Nei Loureiro, Lourival aproveitou uma sapatada do muro que estava em reforma para esconder o corpo de Anic e deixá-lo em pé.

A sapata é uma parte da fundação que fica perto da superfície e é feita de concreto armado. A função é transferir o peso dos pilares para o solo. De acordo com o Globo, a obra está localizada no bairro Panorama, em Teresópolis, na região Serrana do Rio de Janeiro.

Lourival confessou que matou e enterrou o corpo da mulher na garagem da casa, na Rua Alberto Sabin. Agentes da 105ª DP (Petrópolis) foram ao local e, após quatro horas, encontraram o corpo em estágio avançado de decomposição, com um torniquete no pescoço e enrolado em plástico-bolha.

De acordo com o delegado, “ele fez uma sapata porque supostamente o muro estava caindo, então ele fez uma sapata para reforçar o muro e aproveitou essa sapata para colocar o corpo. Jogou ela lá dentro e completou depois” e que “tem um pedaço até a cintura de areia de barro e da cintura para cima está com concreto, por isso a retirada teve que ser bem devagar e sem máquina pesada”, para preservar o corpo.

O caso

A defesa de Lourival Correa Netto Fadiga, suspeito no caso do desaparecimento da advogada Anic Peixoto Herdy, ocorrido em 29 de fevereiro deste ano, alega que cometeu o crime a mando do marido da vítima, Benjamin Cordeiro Herdy. Segundo a versão apresentada, Lourival teria enterrado e concretado o corpo de Anic. O crime ocorreu em Petrópolis, Rio de Janeiro.

Anic Almeida Peixoto Herdy, de 55 anos, advogada e estudante de psicologia, está desaparecida desde o dia 29 de fevereiro deste ano. Na última vez em que foi vista, ela usava um vestido bege e amarelo, com um colete jeans. O principal suspeito do desaparecimento seria Lourival Correa, apontado como amante da vítima.

Em depoimento, Lourival revelou que o crime começou a ser planejado em janeiro, um mês antes do desaparecimento de Anic. Segundo ele, a vítima está morta desde então, e o sequestro dela foi uma invenção. “Benjamin determinou a morte desde o mês de janeiro, e o sequestro foi uma forma de encobrir esse crime”, afirmou a advogada do ex-amante de Anic, Flávia Froes.

Por Giovanna Pécora
Fonte: metropoles.com

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