O ministro de Lula deu aula na instituição de ensino entre os anos de 2005 e 2019.
Segundo estudantes ouvidos pela coluna, o ministro, responsável por promover e assegurar os direitos humanos no país – incluindo a formulação de políticas e promoção do direito das mulheres – oferecia notas melhores se as estudantes tivessem encontros com ele.
Os relatos são de tentativa de troca de favores sexuais para que a avaliação das provas fosse alterada para melhor, incluindo alunas que corriam o risco de reprovação nas matérias ensinadas por ele.
Nesta quinta, 5, o jornalista Guilherme Amado, do Metrópoles, publicou uma reportagem na qual afirma que a organização “Me Too Brasil”, que acolhe vítimas de violência sexual, foi procurada por mulheres assediadas por Silvio Almeida.
O caso teve grande repercussão no núcleo duro do governo, incluindo ministros e assessores graduados da presidência da República.
A coluna procurou Silvio Almeida e sua assessoria de imprensa sobre o caso específico dos estudantes da universidade São Judas Tadeu, mas não houve resposta até a publicação da reportagem. O espaço continua aberto para o ministro comentar.
Sobre a denúncia dos assédios relatados à organização Me Too, Silvio Almeida afirmou que repudia “com absoluta veemência as mentiras que estão sendo assacadas contra mim”.
“Repudio tais acusações com a força do amor e do respeito que tenho pela minha esposa e pela minha amada filha de 1 ano de idade, em meio à luta que travo, diariamente, em favor dos direitos humanos e da cidadania neste país”, afirma o ministro em nota.
Por Matheus Leitão
Fonte: veja.abril.com.br