"O banco não respondeu à quebra de sigilo de forma completa, fizemos um novo pedido, que foi autorizado pelo juiz, mas ainda não foi finalizado. O juiz entendeu que ele não deveria ficar preso até esse resultado, que deveria aguardar em liberdade, por se tratar de prisão preventiva", explicou Aline Lopes.
A defesa argumentou, por meio de nota, que a prisão preventiva dele foi indevida, já que o influenciador não foi indiciado ou denunciado, além de ter colaborado com a investigação.
A soltura de Igor aconteceu na terça-feira (3) e foi confirmada pelo advogado de defesa do influenciador. Ele e a mãe da criança são investigados pelos crimes de estelionato, desvio de proventos de pessoa com deficiência, discriminação de pessoa com deficiência, constrangimento de criança e maus-tratos. Até então, segundo informações da polícia, a criança está com a avó paterna.
Desvio de doações
Igor Viana foi preso no último dia 2 de agosto, em Goiânia, e encaminhado para Anápolis, a 55 km da capital. O caso de maus-tratos e desvio de valores começou a ser investigado após denúncias de que a criança não estaria sendo bem cuidada.
Em um dos áudios colhidos na investigação, e enviado ao portal g1, o influenciador chamou os seguidores que fizeram doações à criança de trouxas. Em depoimento, ele disse que as ofensas que fazia contra a menina tinham como intuito aumentar o engajamento.
"Eu não imaginava que uma criança que tem 10% do cérebro funcionando fosse tão chata e pudesse me dar tanto problema. A vontade, às vezes, é de largar na porta do orfanato e deixar alguém se virar, alguém tomar conta", disse ele em um dos áudios obtidos pela investigação.
Fonte: diariodonordeste.verdesmares.com.br