Proposta do governo reduz orçamento do Ministério do Esporte em 62%

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Via @metropoles | A peça orçamentária apresentada pelo governo federal ao Congresso Nacional, se aprovada da forma como está, reduzirá o orçamento do Ministério do Esporte em mais de 62%. A pasta é o órgão do Executivo que apresenta a maior redução no Projeto da Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2025.

A Lei Orçamentária de 2024 autorizou o orçamento de R$ 2,29 bilhões à pasta chefiada pelo ministro dos Esportes, André Fufuca. A dotação atual passa de R$ 2,4 bilhões. Já a peça enviada pelo governo ao Congresso prevê para o ministério cerca de R$ 863,76 milhões em 2025. Os dados são do Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento (Siop).

A redução acontece no ano seguinte à realização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Paris. Recentemente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu atletas no Palácio do Planalto e defendeu mais investimento na área. Além disso, o país sediará a Copa do Mundo Feminina de Futebol em 2027.

Vale lembrar que a peça enviada pelo governo federal tramitará na Câmara dos Deputados, onde é esperado que passe por alterações. Além disso, mesmo após a aprovação da LOA de 2025, os orçamentos dos órgãos podem receber novos aportes.

Sob comando do ministro André Fufuca, a pasta do Esporte foi negociada com o Centrão em troca de apoio a projetos do governo no Congresso Nacional. O titular é deputado federal pelo PP, mesma sigla do presidente da Câmara, Arthur Lira.

Fufuca tomou posse em setembro do ano passado, substituindo a então ministra Ana Moser. Na época, o presidente Lula promoveu trocas nas pastas do Turismo e Portos e Aeroportos para acomodar nomes de partidos de centro.

O Metrópoles entrou em contato com o Ministério do Esporte, mas a pasta não respondeu até o momento. O espaço segue aberto para eventuais manifestações.

Também apresentam previsão orçamentária abaixo do que foi aprovado para este ano o Ministério do Turismo (-52,22%), o Ministério das Mulheres (-49,94%) e o Ministério dos Transportes (-45,46%).

Por Mateus Salomão e Daniela Santos
Fonte: metropoles.com

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