Edson Crippa era colecionador, caçador desportivo e caçador (CAC), sem antecedentes criminais, e tinha licença Sigma do Exército. “Todas as armas eram legalizadas”, informou Sodré.
“Estamos apurando informações de que seja um problema familiar, tanto dele quanto do pai, de esquizofrenia. Mais detalhes serão apurados”, destacou o delegado.
O ataque a tiros na cidade de Novo Hamburgo deixou 12 pessoas baleadas – sete brigadistas militares, um guarda municipal e quatro pessoas da família do atirador. Até o momento, quatro pessoas morreram: o próprio atirador, o pai e o irmão dele, e um policial militar. As armas eram registradas na Polícia Federal (PF) e no Exército Brasileiro.
Segundo o Secretário da Segurança Pública, Sandro Caron, o homem tinha o registro de duas armas e havia realizado o exame psicotécnico.
O pai, Eugênio Crippa, também é suspeito de ter o mesmo transtorno.
Edson Crippa fez os pais reféns por volta das 23h dessa terça-feira (22/10) e, durante a ocorrência, abriu fogo, matando três pessoas e ferindo outras nove. Segundo informações do comandante da Brigada Militar (BM), Cláudio Santos Feoli, a polícia entrou na casa do homem por volta das 8h30 desta quarta-feira (23/10).. A Brigada Militar foi ao local após denúncia de maus-tratos.
Além do chefe da PC-RS, participaram da entrevista o secretário da Segurança Pública do RS, Sandro Caron; o comandante-geral da Brigada Militar, coronel Cláudio dos Santos Feoli; o comandante do CRPO-VRS, coronel Luís Felipe Neves Moreira; e a diretora-geral do Instituto-Geral de Perícias (IGP), Marguet Mittmann.
Mortos e feridos
Os mortos são o pai de Edson, Eugênio Crippa, de 74, que acionou a polícia; o irmão, Everton Crippa, de 49; e um PM, identificado como Everton Kirsch Júnior, de 31. Ele ainda feriu a mãe, Cleris Crippa, de 70; e a cunhada Priscilla Martins, de 41. O atirador era motorista de caminhão. A mãe de Edson apresenta quadro clínico considerado grave.
O coronel Cláudio dos Santos Feoli, disse, ncoletiva de imprensa, que Crippa foi “neutralizado” pelo Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope).
As demais pessoas feridas são seis policiais e um guarda municipal. Segundo a BM, um sargento, de 38 anos, foi baleado no ombro. Um soldado, de 32, levou um tiro no pé, de raspão, e outro, de 31, foi atingido por cerca de três tiros e encontra-se em estado grave. Outros dois policiais também ficaram feridos – um deles, de 26 anos. Todos foram levados ao Hospital Municipal.
Os policiais tentaram negociar a rendição do suspeito. As casas vizinhas à ocorrência foram esvaziadas como medida de segurança.
O atirador teria derrubado a tiros dois drones usados na ação e respondia às negociações da polícia com disparos.
“Poderíamos ter tido um número muito maior de feridos se a brigada não tivesse feito as incursões para retirar os feridos”, informou a Brigada Militar.
Veja a lista de feridos:
• Cleris Crippa, 70 anos, mãe do atirador: apresenta estado grave após ser baleada três vezes
• Priscilla Martins, 41 anos, cunhada: apresenta estado grave após ser baleada uma vez
• Rodrigo Weber Voltz, 31 anos, PM: está em cirurgia após ser baleado três vezes
• João Paulo Farias Oliveira, 26 anos, PM: está em cirurgia após ser baleado uma vez
• Joseane Muller, 38 anos, PM: apresenta estado estável após ser baleada uma vez
• Eduardo de Brida Geiger, 32 anos, PM: foi liberado do hospital após ser baleado de raspão
• Leonardo Valadão Alves, 26 anos, PM: foi liberado do hospital após ser baleado de raspão
• Felipe Costa Santos Rocha, PM: foi liberado após ser baleado de raspão
• Volmir de Souza: ainda aguarda cirurgia após ser baleado uma vez
Quatro armas registradas
Identificado pela Brigada Militar (BM) como Edson Fernando Crippa, de 45 anos, o atirador que matou pelo menos três pessoas e feriu nove, entre familiares e PMs, na noite dessa terça-feira (22/10), em Novo Hamburgo (RS), tinha quatro armas registradas no nome dele, segundo o Sistema de Consultas Integradas.
As armas em posse de Edson, que era motorista de caminhão, são:
— 1 pistola Taurus PT111G2 calibre 9 mm
— 1 rifle calibre 22
— 1 espingarda calibre 12
— 1 pistola .380.
Por Giovanna Pécora, Luana Viana e Madu Toledo
Fonte: metropoles.com