Na entrevista, o pai reclamou do comportamento da escola diante do ocorrido. “Eles não estão preocupados como a minha filha está, como a minha esposa está. Porque todos os dias ela tem acordado chorando com essa situação que passou. Ela se sente culpada. E a escola não está preocupada com isso, está preocupada com a imagem e a reputação dela”, afirmou o homem.
A mãe, que também preferiu não ser identificada, disse que é “muito difícil ver” as imagens da agressão. “Todos ficaram ali, olhando pra ela e ela chorando minutos. Ficaram puxando o braço dela pra ver se tinha ficado a marca, passando um creme com toda a força. Isso me destruiu. Foi algo, assim, que eu nunca pensei […] A minha filha tem um ano e não tem como se defender.”
A agressão aconteceu no dia 7 de outubro e foi registrada por câmeras de segurança da escola “Tutti Bambini”. As cenas foram obtidas pela Globo. De acordo com o boletim de ocorrência, os pais notaram a marca da mordida ao ir buscar a criança na escola. Desconfiados, eles solicitaram à escola que monitorasse as imagens das câmeras de segurança.
Em nota à emissora, a “Tutti Bambini” informou que as mulheres que aparecem nas imagens — uma que deu a mordida e a outra que presenciou o ocorrido — foram demitidas por justa causa.
“A segurança e o bem-estar de todos os nossos alunos é o nosso bem maior e, por isso, toda investigação interna foi realizada, assim como prestamos todo apoio à aluna e seus familiares”, disse a escola.
Por Alexandre Bittencourt
Fonte: maisgoias.com.br