Entre os funcionários demitidos, estava um trabalhador não identificado com um salário de US$ 400 mil, que disse ter usado seus créditos para comprar produtos domésticos e mantimentos, como pasta de dente e chá.
Como parte dos benefícios oferecidos aos seus colaboradores, a Meta fornece alimentação gratuita para funcionários que trabalham em seu campus no Vale do Silício. Para aqueles em escritórios menores, a empresa distribui créditos em aplicativos de delivery, como Uber Eats e Grubhub. Os valores são de US$ 20 (R$ 110) para o café da manhã e US$ 25 (R$ 137,50) para o almoço e jantar, todos em incrementos de US$ 25 (R$ 137,50).
Aqueles dispensados foram considerados infratores ao longo do tempo, segundo uma fonte próxima ao caso. Alguns teriam acumulado créditos em grupo, enquanto outros usavam os valores para comprar alimentos e enviar para suas casas, em vez de consumirem no escritório. Para aqueles que violaram as regras de forma pontual, foram aplicadas advertências.
Reestruturação como parte da estratégia
Em um contexto mais amplo, a Meta está em processo de reestruturação, com ajustes em várias equipes e mudanças de local de trabalho para diversos funcionários. Segundo a empresa, o objetivo é alinhar os recursos com as metas estratégicas de longo prazo. Com a reorganização, funcionários têm sido realocados e alguns postos eliminados. O CEO Mark Zuckerberg busca otimizar o funcionamento da empresa, alinhando investimentos e cancelando projetos considerados de menor prioridade.
As demissões recentes são mais uma etapa na estratégia de eficiência iniciada por Zuckerberg em 2022, que já resultou na eliminação de cerca de 21 mil vagas. Com o avanço dos cortes, a empresa viu suas ações se valorizarem e estão sendo negociadas em torno de US$ 577 (R$ 3.179) cada, próximas ao valor máximo histórico.
A Meta não se manifestou sobre as demissões específicas, mas afirmou que as mudanças fazem parte de um esforço contínuo para garantir que recursos e pessoal estejam alinhados com os objetivos e estratégias de longo prazo da empresa.
Por Fernando Olivieri
Fonte: exame.com