Mulher ficou 3 dias em cárcere privado antes de ligar para PM, pedir ‘pizza’ e ser resgatada

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[ Assista AQUI ] Via @portalg1 | A mulher resgatada após ligar para a Polícia Militar e pedir uma "pizza" disse aos militares que ficou três dias em cárcere privado. O caso foi na madrugada de domingo (29) na região de Samambaia (veja detalhes abaixo).

Aos policiais que atenderam à ocorrência, ela disse ainda que era vítima de estupro e tortura. A Polícia Militar do Distrito Federal divulgou o áudio do pedido de ajuda:

• PMDF: Polícia Militar

• Mulher: Boa noite, amigo. Eu fiz um pedido, pelo amor de Deus

• PMDF: Pedido de que?

• Mulher: Pedi uma pizza e não está vindo

• PMDF: Qual o nome da senhora? Eu entendi o que a senhora tá falando. Vou mandar até um refrigerante geladinho. Qual o endereço completo aí, senhora?

• Mulher: Você pode vir logo? Eu estou com fome

• PMDF: Vai rapidinho tá? É só aguardar

• Mulher: Obrigada, eu agradeço. Gratidão (diz chorando)

O militar que atendeu a ligação entendeu que se tratava de um pedido de socorro e mandou uma equipe até o endereço. Ao chegar ao local, a mulher saiu da casa correndo.

"Não estava sendo permitido ela sair de casa, ter contato com ninguém. Informou que ele estava com uma faca e que ela estava sendo ameaçada constantemente", diz o sargento Fábio Cabral, que atendeu a ocorrência.

O suspeito de cometer o crime tem 60 anos, e foi autuado pela Lei Maria da Penha. Segundo a vítima, ela tinha um relacionamento com o homem há cinco meses. A mulher passou por exames no IML.

👉 'X' na palma da mão, dobrar dedos e socorro em app: conheça sinais de emergência para situações de violência

Como denunciar a violência contra as mulheres?

A Secretaria de Secretaria de Segurança Pública do DF (SSP) tem canais de atendimento que funcionam 24h. As denúncias e registros de ocorrências podem ser feitos pelos seguintes meios:

• Telefone 197

• Telefone 190

• E-mail: denuncia197@pcdf.df.gov.br

• Delegacia eletrônica

• Whatsapp: (61) 98626-1197

O DF tem duas delegacias especializadas no atendimento à mulher (Deam), na Asa Sul e em Ceilândia, mas os casos podem ser denunciados em qualquer delegacia.

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) também recebe denúncias e acompanha os inquéritos policiais, auxiliando no pedido de medida protetiva na Justiça.

👉 Em casos de flagrante, qualquer pessoa pode pedir o socorro da polícia, seja testemunha ou vítima.

No Distrito Federal, ainda existe o Programa Violeta, que é focado no atendimento de crianças e mulheres vítimas de violência sexual e estupro. O acolhimento é feito por uma equipe multiprofissional, composta por assistente social, ginecologista, psiquiatra, psicólogos, técnica em enfermagem e técnicas administrativa.

O serviço é prestado no Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB), de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h.

A Secretaria de Justiça e Cidadania também tem canais de denúncia de casos de violência contra a mulher. Há, por exemplo, o Centro Integrado 18 de Maio, que trata de ocorrências de exploração sexual de crianças.

O Conselho Tutelar também recebe denúncias de violação de direitos de crianças e adolescentes. Ainda há o Disque 100, que trata da violação de direitos humanos.

• Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (DEAM)
Endereço: EQS 204/205, Asa Sul, Brasília
Telefones: (61) 3207-6195 e (61) 3207-6212

• Delegacia de Atendimento Especial à Mulher (DEAM II)
Endereço: QNM 2, Conjunto G, Área Especial, Ceilândia Centro
Telefone: (61) 3207-7391

• Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT)
Endereço: Eixo Monumental, Praça do Buriti, Lote 2, Sala 144, Sede do MPDFT
Telefones: (61) 3343-6086 e (61) 3343-9625

• Prevenção Orientada à Violência Doméstica (Provid) da Polícia Militar
Contato: 3190-5291

• Central de Atendimento à Mulher do Governo Federal
Contato: 180

• Centro Integrado 18 de Maio
Endereço: SHCS EQS 307/308
Telefone: (61) 2244 - 1512 e (61) 98314 - 0636

• Conselho Tutelar
Endereços: clique aqui e consulte
Telefone: 125

• Disque 100

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Por Marcelo Tobias, Caroline Cintra, TV Globo e g1 DF
Fonte: g1

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