Os militantes de extrema direita buscavam, segundo o Ministério Público, dar um golpe na Saxônia e em outros estados que compunham a antiga Alemanha Oriental. O grupo teria aproximadamente 20 integrantes, existia desde 2020 e promovia treinamentos com armas, um indicativo de sua periculosidade, segundo as autoridades.
Também de acordo com os promotores, os “separatistas da Saxônia”, como se autointitulavam, defendiam o “colapso da civilização” e pregavam uma “ideologia racista, antissemita e ideias apocalípticas”.
O grupo seria adepto da teoria do “dia X”, comum entre militantes de extrema direita, que projeta para data próxima uma infundada falência política e social dos governos. Isso criaria a oportunidade de estabelecer uma nova ordem, no caso o nazismo.
Teoria semelhante foi encontrada em diálogos de militantes extremados dos EUA, segundo investigação do jornal The New York Times publicada nesta semana. O diário americano vasculhou milhões de mensagens transmitidas pelo Telegram, com planos e palavras de ordem relativas ao processo eleitoral no país.
Há inclusive manifestações que sugerem reação armada se Donald Trump não for declarado o vencedor do pleito, que ocorre nesta terça-feira (5).
Sete dos suspeitos foram presos em Leipzig, Dresden, a capital do estado, e Meissen. O suposto líder do grupo foi capturado em uma cidade fronteiriça, na Polônia, e buscas foram realizadas na Áustria. O integrante mais velho da milícia, que deve ser enquadrada por crime de terrorismo doméstico, teria 25 anos.
Por José Henrique Mariante
Fonte: jornaldebrasilia.com.br