Segundo o diretor-geral da corporação, esse não foi um fato isolado e se conecta com outras investigações da PF, dentre elas, os atos golpistas de 8 de janeiro.
“[O caso] Mostra a vinculação desses grupos radicais que culminam nessa barbaridade que acontece ontem, na tentativa de matar ministros da Suprema Corte, e também que culminou nesse lamentável episódio do suicídio dessa pessoa”, disse Andrei Rodrigues, ao citar uma mensagem deixada para uma bolsonarista presa pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023 no espelho da casa que o homem-bomba alugava em Brasília.
Andrei Rodrigues confirmou que o alvo principal do atentado era o assassinato do ministro da Suprema Corte Alexandre de Moraes. “Parece que essa pessoa queria entrar no prédio do Supremo, não conseguiu e o resolveu fazer o que fez”, afirmou.
O diretor-geral citou um áudio, que seria da ex-esposa de Francisco Wanderley, que corroboraria a hipótese de Moraes ser, de fato, o alvo do homem-bomba: “O próprio áudio [da esposa], em outras mensagens enviadas nas redes sociais, ameaçando a Corte, especificamente nesse caso, da senhora, dizendo que o alvo dessa pessoa era sim o ministro Alexandre de Moraes”.
Extremistas ativos
Na coletiva, Andrei afirmou que grupos extremistas estão ativos no país. “Esse episódio de ontem não é um fato isolado. A PF tem investigado num período recente”, afirmou Andrei Rodrigues, no início da coletiva. “Houve tentativa de matar ministros da Suprema Corte”, disse.
De acordo com o diretor-geral da PF, os “explosivos eram artesanais, mas com grau de grande de danos, parecido com granada” e, também, os atos teriam sido planejados com antecedência. “Há indícios de planejamento longo prazo. Esteva em Brasília no início de 2023, investigação apura se ele estava no 8/1.”
Também foi informado que não se sabe se o homem participou dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023. “Ainda é cedo para dizer se houve participação nos atos de 8 de janeiro.”
Por Madu Toledo e Giovanna Pécora
Fonte: metropoles.com