O caso foi compartilhado pela própria vítima nas redes sociais. Ao g1, Douglas afirmou que ficou muito triste e constrangido com a situação (leia mais abaixo).
Influencer usou redes sociais para relatar ocorrido — Foto: Reprodução/Redes sociais |
De acordo com o boletim de ocorrência da Polícia Militar, o suspeito, identificado como Patrick Silva Gomes, de 27 anos, abordou o influencer, proferiu a ofensa racista e se afastou.
Minutos depois, ele voltou e falou: "Eu sou formado em história e aprendi na faculdade que os negros que tinham os dentes mais bonitos eram os mais caros". Ainda conforme o documento, testemunhas presenciaram o ocorrido e confirmaram o teor racista das declarações.
Ao tomar conhecimento do fato, o dono da casa noturna pediu apoio dos seguranças, e a PM foi chamada. Em conversa com os policiais, o suspeito, que afirmou ser publicitário, não reproduziu o que havia dito à vítima.
Diante dos relatos, Patrick Silva Gomes foi detido.
O advogado Bruno Nicácio disse que Patrick negou as acusações, que se assustou com a repercussão do fato porque não houve a intenção de injuriar Douglas. Falou também que o suspeito fez um elogio ao sorriso e aos dentes da vítima e que também não quis compará-lo a uma pessoa escravizada.
'Madrugada de terror'
Douglas Ferreira de Paula disse que ficou sem reação com o que ouviu do suspeito e passou por uma "madrugada de terror".
"Estava indo embora, e minha amiga falou que eu não deveria sair, e sim o racista. Ele tentou fugir pela escada de emergência, mas os seguranças seguraram ele até a polícia chegar", contou.
O influenciador também criticou a condução da polícia sobre o caso, porque, segundo ele, o homem foi liberado horas depois.
"Eu precisei chamar uma advogada especializada em causas raciais. Foi quando eu percebi que as coisas começaram a ser tratadas certas. E eu vi que eles fazem muitas barreiras para que a denúncia continue. Fiquei triste com a situação e constrangido com tudo que aconteceu", relatou.
O g1 procurou a Polícia Civil para saber se o caso será investigado e questionou a instituição sobre os apontamentos feitos pela vítima, mas não recebeu retorno até a última atualização desta reportagem.
Por Redação g1 — Belo Horizonte
Fonte: g1