USP afasta temporariamente professor de direito acusado de assédio s3xu4l: ‘Há fortes indícios de materialidade dos fatos’, diz nota

usp afasta temporariamente professor direito assedio sexual
Via @portalg1 | A Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo decidiu nesta sexta-feira (13) afastar temporariamente o professor Alysson Mascaro por, pelo menos, 60 dias. Ele é acusado de cometer abuso e assédio sexual revelados em reportagem do site Intercept Brasil no começo de dezembro.

Alunos e ex-alunos afirmam que os crimes ocorreram entre 2006 e o início deste ano. A partir das denúncias, a USP abriu uma sindicância interna para apurá-las, o que resultou no afastamento de Mascaro.

"Há fortes indícios de materialidade dos fatos e que estes envolvem possível enquadramento típico de assédio sexual", diz a portaria da faculdade.

O professor Alysson Mascaro é conhecido na área acadêmica a por publicações de livros na área jurídica. Na USP, ele é livre-docente em Filosofia e Teoria Geral do Direito.

Segundo reportagem do Intercept, os dez casos revelados vão de beijos forçados até estupro. As vítimas são todas homens, têm entre 24 e 38 anos e conheceram o docente em grupo de pesquisa do Departamento de Filosofia e Teoria Geral da USP.

As denúncias apontam que o professor começava as conversas prometendo indicações profissionais e falava sobre as ligações influentes que tinha na área jurídica.

"A medida de afastamento cautelar se mostra necessária, adequada e eficiente para a tutela da moralidade pública e a para o bom andamento das investigações, isso porquanto há elementos de que os atos eram cometidos em virtude da relação de poder, influência e autoridade que o cargo concede(ia) ao investigado, o que culmina em potencial prejuízo na colheita de provas que majoritariamente envolve seus antigos e atuais alunos.", diz a portaria publicada nesta sexta-feira (13).

Durante o afastamento, o professor Alysson Mascaro não poderá "comparecer a aulas, reuniões, bancas, nem aos espaços físicos e/ou virtuais em que atua como docente na Unidade".

O g1 pediu o posicionamento da defesa do investigado sobre a decisão da universidade, mas não recebeu retorno até a última atualização desta reportagem.

Por Redação g1 SP — São Paulo
Fonte: g1

Anterior Próxima