Em dezembro do ano passado, Moraes suspendeu as visitas ao militar após uma irmã de Azevedo tentar levar equipamentos eletrônicos ao militarescondidos em uma caixa de panetone.
Segundo informou o Exército ao STF, a irmã de Azevedo foi visitá-lo no Batalhão da Polícia do Exército de Brasília em 28 de dezembro. Ela estava com uma caixa de panetone lacrada a ser entregue ao irmão.
No momento em que a caixa passou no detector de metais, o alarme foi acionado. Militares abriram a caixa e encontraram dentro dela um fone de ouvido, um cabo USB e um cartão de memória.
A irmã de Azevedo assinou um termo de apreensão e foi impedida de visitar o tenente-coronel naquele dia. Diante do que aconteceu, Moraes suspendeu as visitas a Azevedo.
Indiciamento
Em novembro, a Polícia Federal indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas no inquérito que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado após o resultado das eleições presidenciais de 2022. Entre elas, estão os ex-ministros Augusto Heleno e Walter Braga Netto, e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto.
Em dezembro, a corporação indiciou mais três pessoas pelo mesmo caso, entre elas Azevedo. Segundo a PF, na época dos fatos, o militar era major de Infantaria do Exército e servia no Comando de Operações Especiais. Ele é apontado como integrante do núcleo operacional do plano de assassinato de autoridades, entre elas Moraes.
Neste momento, o relatório da Polícia Federal sobre o suposto plano de golpe está na PGR. O documento será analisado pelo Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos, instituição ligada ao gabinete do procurador-geral da República, Paulo Gonet. O documento foi enviado pelo ministro Alexandre de Moraes.
O indiciamento é um ato formal realizado pela autoridade policial durante a investigação de um crime. Ele ocorre quando, com base nas provas coletadas, os investigadores identificam uma pessoa como suspeita principal da prática de um delito e formaliza essa suspeita no inquérito.
Por Gabriela Coelho
Fonte: R7