Conforme a Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo, o advogado relatou que conduzia seu veículo quando sofreu disparos de armas de fogo e ficou ferido no rosto por conta dos estilhaços do vidro. Ele foi socorrido, medicado e liberado.
"Ainda estou me recuperando. Não recuperei ainda a visão de um dos olhos. O meu rosto está bastante machucado", disse Ribas Júnior.
Segundo a SSP, o veículo foi periciado e a polícia busca imagens de câmeras de segurança que ajudem a elucidar o caso. A Delegacia de Homicídios da Deic de Sorocaba investiga o caso.
A Ordem dos Advogados de Sorocaba também publicou, por meio das redes sociais, uma nota de repúdio e disse que acompanhará de perto todas as investigações para que os responsáveis sejam identificados e devidamente responsabilizados.
"Este ato de violência não apenas atenta contra a vida e a integridade de um colega, mas também uma ameaça à classe e à sociedade como um todo, que depende do livre exercício da advocacia para a preservação do Estado Democrático de Direito e evidencia os problemas da segurança pública que enfrentamos", disse a OAB de Sorocaba, que cobra urgência das autoridades na apuração dos fatos.
A nota cita ainda que a Ordem dos Advogados do Brasil "não tolera qualquer forma de intimidação, ameaça ou violação dos direitos de advogados (as)", garantindo assistência e atendimento àqueles que são impedidos de exercer sua profissão com liberdade e segurança.
Ribas Jr faz a defesa do tenente Fernando Genauro da Silva, do cabo do 20.º Batalhão da PM Ruan Silva Rodrigues e do cabo Dênis Antônio Martins. Ainda não há informações, no entanto, de que o ataque tenha relação com a defesa dos PMs.
Foto: Divulgação/OAB de Sorocaba / Estadão |
Ex-comandante do Pelotão de Força Tática da zona sul de São Paulo, ele atua agora na defesa de policiais militares em processos criminais e administrativos.
Na quinta-feira passada, 30, a Corregedoria da Polícia Militar do Estado de São Paulo indiciou policiais militares presos por suspeita de participação no assassinato de Antônio Vinicius Lopes Gritzbach, o delator do PCC. No total, 17 PMs foram presos desde o dia 16 de janeiro deste ano.
Dos 17 PMs presos, três são acusados diretamente de matar o delator enquanto outros 14 fariam a escolta do empresário. De acordo com as investigações, os agentes têm envolvimento com o crime organizado.
Gritzbach foi executado no dia 8 de novembro de 2024, no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, na região metropolitana. Ele estava no centro de uma das maiores investigações feitas até hoje sobre a lavagem de de dinheiro do PCC em São Paulo, envolvendo os negócios da facção na região do Tatuapé, zona leste paulistana.
Foto: Italo Lo Re /Estadão / Estadão |
Fonte: terra.com.br