O caso foi revelado nesta sexta-feira (28/2) pelo jornal britânico Financial Times.
O que aconteceu
• O erro na transferência para o cliente com uma conta de custódia no Brasil passou batido por dois funcionários do banco – e foi só detectado por um terceiro, 90 minutos após o depósito.
• Segundo o jornal britânico, o episódio foi reportado pelo Citigroup ao Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos Estados Unidos) como um “quase acidente”.
• O Office of the Comptroller of the Currency (OCC, órgão ligado ao Tesouro dos Estados Unidos que supervisiona e regula os bancos norte-americanos) também foi informado pelo Citigroup.
• A transferência acabou sendo revertida algumas horas depois de ser efetuada, de acordo com relatos de duas pessoas próximas ao caso.
• O “quase acidente” teria sido provocado por uma incompatibilidade na entrada do valor e por um sistema de back-up com uma interface mais complicada para o usuário.
O que diz o Citigroup
Segundo o Citigroup, os “controles de detecção identificaram prontamente o erro de entrada entre duas contas do livro-razão do Citi e revertemos a entrada”.
O banco informou ainda que tais mecanismos “também teriam impedido qualquer fundo de deixar o banco”.
“Embora não tenha havido impacto para o banco ou nosso cliente, o episódio ressalta nossos esforços contínuos para eliminar processos manuais e automatizar controles”, completou o Citigroup.
Erros semelhantes nos últimos anos
No ano passado, foram reportados 10 “quase acidentes”, envolvendo cerca de US$ 1 bilhão, nos sistemas do Citigroup, segundo informações de um relatório interno obtido pelo Financial Times. Em 2023, foram 13 casos.
Por Fábio Matos
Fonte: metropoles.com