No entanto, o uso desse tipo de gás é questionado e criticado pela Organização das Nações Unidas (ONU), por ser considerado tortura. O estado é o único que ainda segue o protocolo, outras regiões usam a injeção letal.
Condenado à morte
• O homem executado é Demetrius Frazier. Ele foi condenado à morte em 1996 pelo estupro e assassinato de Pauline Brown. O crime aconteceu em Birmingham, no Alabama, em 1991, quando a vítima tinha 40 anos.
• Frazier invadiu o apartamento de Brown, mãe de dois filhos, estuprou-a e atirou em sua cabeça.
• Anos antes do crime, no estado de Michigan – onde não há pena de morte – ele havia sido condenado à prisão perpétua, desta vez pelo estupro e assassinato de uma menina de 14 anos, Crystal Kendrick, e por outros dois estupros.
• O réu foi executado em uma prisão de Atmore, onde foi declarado morto às 18h36 (hora local), segundo o Departamento Correcional do Alabama. Essa foi a terceira execução realizada nos Estados Unidos em 2025. Em 2024, foram 25; e em 2023 houve 24 execuções.
Método criticado
A execução por inalação de nitrogênio, que causa morte por hipóxia (deficiência de oxigênio), é criticada pela ONU, que a considera um “método não comprovado” que poderia “constituir tortura ou tratamento cruel, desumano ou degradante”. A União Europeia o classifica como “particularmente cruel”.
Frazier chegou a entrar com recursos para ser preso no Michigan e contra o método de execução por inalação de nitrogênio, porém, eles foram rejeitados pelos tribunais americanos.
A pena de morte, defendida por Donald Trump, foi abolida em 23 dos 50 estados dos EUA. Outros três, Califórnia, Oregon e Pensilvânia, emitiram moratórias.
Por Laura Braga
Fonte: metropoles.com