No entanto, a equipe médica desconfiou do comportamento dos dois e chamou a polícia, que os levou para a delegacia. Foi então que a polícia encontrou o corpo de Emily enterrado no quintal da casa dos dois e descobriu que eles mataram a jovem para pegar o bebê.
Outros dois homens suspeitos de envolvimento no crime foram presos. Nataly e Christian podem responder por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e fraude processual.
De acordo com o G1, Emily foi enforcada com fios de internet e tinha cortes na barriga, indicando que o bebê foi tirado de seu ventre. Segundo a perícia, a jovem tentou se defender, mas não resistiu ao ataque.
A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) investiga o caso, que chocou a população pela brutalidade dos detalhes. O bebê continua internado no hospital, sob os cuidados da avó, Ana Paula Meridiane.
Em busca de doações
Segundo a mãe de Emily, a garota conversava nas redes sociais com Nataly, que dizia ser mãe de dois meninos e que estaria à espera de uma menina. Por isso, ela tinha roupas de bebê e um protetor de berço para doar.
"Ela falou que ganhou muita roupa e queria doar um pouco para Emilly. Então, mandou a localização e até um Pix para que minha filha pudesse ir até lá buscar as roupas. Só que ela foi e não voltou", relatou a mãe ao portal.
A adolescente saiu de casa na quarta-feira e não foi mais vista. “Ela não atendia, só recusava as ligações. Apenas me mandava mensagens dizendo que não podia falar porque estava em uma corrida de aplicativo", afirmou.
Menos de 24 horas depois, o casal foi detido em flagrante no hospital.
Confissão
Nataly confessou à polícia que assassinou a adolescente porque queria ficar com o bebê depois de ter sofrido dois abortos. Ela contou que agiu sozinha, inocentando o marido e outros dois homens que também foram presos.
De acordo com o G1, Christian foi avisado sobre o nascimento do bebê e, em seguida, seguiu para o hospital. Ele foi preso e liberado após prestar depoimento.
A defesa de Nataly confirmou que ela perdeu um bebê em outubro do ano passado. Após o aborto, ela continuou fingindo que estava grávida e participando de grupos de mães.
Por Maria Dulce Miranda
Fonte: em.com.br