Interpol e EUA negam ordem de Alexandre de Moraes contra jornalista Allan dos Santos

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Via @portalgp1oficial | A Interpol e o Departamento de Estado dos Estados Unidos afirmaram que as evidências reunidas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), contra o jornalista Allan dos Santos são insuficientes para justificar sua extradição. Os documentos relativos a essa análise foram divulgados neste domingo (23).

Em razão disso, o pedido de extradição de Santos foi rejeitado, e seu nome não foi incluído na lista de foragidos internacionais. Além disso, todos os dados do jornalista registrados no sistema da Interpol foram removidos, conforme noticiado pela revista Oeste.

“Até o momento, não houve a publicação da Notificação Vermelha contra Allan Lopes dos Santos, pois seriam necessários maiores esclarecimentos sobre o crime de lavagem de dinheiro pelo qual ele é acusado”, informou a Interpol.

O Departamento de Estado dos EUA, por sua vez, declarou que só atenderia parcialmente ao pedido de extradição, relacionado a alguns dos crimes atribuídos ao jornalista, desde que houvesse esclarecimentos adicionais sobre as acusações de “organização criminosa” e “lavagem de dinheiro”.

Allan dos Santos sob investigação de Moraes

Alvo de investigações conduzidas pelo ministro Alexandre de Moraes no Brasil, Allan dos Santos se mudou para os Estados Unidos em meados de 2020. Em outubro de 2021, mais de um ano após sua mudança, Moraes decretou sua prisão preventiva e iniciou um processo de extradição.

No processo, o jornalista é acusado de crimes como lavagem de dinheiro, participação em organização criminosa e incitação a calúnia e difamação. As investigações indicam que suas ações teriam o objetivo de desestabilizar a democracia brasileira. Contudo, Santos nega as acusações e afirma ser alvo de censura.

A Petição 9935, que detalha as acusações contra o jornalista, afirma que Santos “produz e divulga conteúdos que demonstram adesão voluntária à atuação de uma associação criminosa sob investigação”.

A Polícia Federal (PF) aponta que tais conteúdos tinham como objetivo “atacar membros de instituições públicas, desacreditar o processo eleitoral brasileiro, fomentar a polarização política, gerar animosidade na sociedade e promover o descrédito dos poderes da República, além de outros crimes”.

Por Rauena Pinheiro
Fonte: gp1.com.br

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