O ato de indicação ocorreu no Dia Internacional da Mulher e foi publicado no Diário Oficial da União. A escolha também foi divulgada em foto do presidente com Verônica, a primeira-dama, Janja da Silva, e a nova ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PR).
Segundo a colunista Bela Megale, do jornal O Globo, a publicação ocorreu neste Dia Internacional da Mulher a pedido da primeira-dama Janja da Silva, que teria insistido na importância do anúncio acontecer nesta data.
Agora, para ser confirmada no cargo, a advogada terá que passar por sabatina no Senado Federal e aprovação pelo plenário.
Verônica Sterman, de 40 anos, foi advogada de Gleisi e do ex-ministro Paulo Bernardo em casos da Lava Jato. Ela também defendeu o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) em processo na Justiça Eleitoral de São Paulo sobre doações ilegais para campanha política.
Com apoio de Gleisi e Alckmin, Sterman foi cotada para vaga do TRF-3 (Tribunal Regional Federal da Terceira Região) no ano passado. Mas seu nome acabou preterido por Lula na época depois de apelos do ministro do Trabalho, Luiz Marinho (PT), e de sindicalistas em favor do advogado Marcos Moreira de Carvalho.
A vaga para a qual ela foi escolhida agora é da cadeira de civil no STM, que será aberta em abril com a aposentadoria José Coêlho Ferreira aos 75 anos. Ele foi indicado para o cargo em 2001 pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso.
O STM é composto por 15 ministros, com vagas divididas entre civis (cinco vagas) e militares do Exército (quatro), da Marinha (três) e da Aeronáutica (três). O tribunal é responsável por julgar crimes militares cometidos por integrantes das Forças Armadas ou por civis.
A indicação da segunda mulher na história para o tribunal ocorre justamente quando a primeira, a ministra Maria Elizabeth Rocha, foi eleita para a presidência do STM. Indicada pelo próprio petista, em 2007, Rocha foi uma das defensoras da indicação de mais mulheres para os tribunais superiores.