• A sessão será transmitida no canal do Metrópoles no YouTube.
De amplo apelo midiático, o caso envolvendo a arquiteta brasiliense de 61 anos desperta a curiosidade da população quanto aos detalhes que envolvem a vida e a história dela.
Adriana é graduada em arquitetura e urbanismo e mestre em desenvolvimento sustentável. Formada na Universidade de Brasília (UnB), a arquiteta desenvolveu, ao longo da carreira e da vida acadêmica, projetos de bioconstrução, construção com reaproveitamento de materiais recicláveis e redução do desperdício.
“Alternativa” e desenhista
Nas redes sociais, Adriana costumava publicar fotos meditando em montes, pintando quadros, visitando cachoeiras e mantendo contato direto com a natureza.
Adriana se definia como “alternativa”. Nos dias de julgamento no Tribunal de Justiça do DF (TJDFT), em 2019, ela desenhava durante o júri.
Um ano depois do crime, Adriana se mudou para o bairro do Leblon, no Rio de Janeiro, onde mora até hoje. Ela não deve estar presente no STJ durante o julgamento desta terça. Conhecidos dela confidenciaram à reportagem que ela nem sequer deve assistir à sessão.
Adriana tem um irmão, o advogado Augusto Villela, 55, com quem dividiu a herança de aproximadamente R$ 40 milhões deixada pelos pais. Ela também tem uma filha, Carolina Villela, 40. Foi Carolina quem encontrou o corpo dos avós e da empregada da família dias após o crime.
O que significa o julgamento de Adriana Villela pelo STJ?
• O julgamento do STJ tem como base decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que pode mudar a situação da arquiteta;
• Até 2024, o Código de Processo Penal (CPP) permitia que réus primários condenados em primeira instância ficassem livres até esgotadas todas as possibilidades de recursos;
• Em setembro do ano passado, o STF decidiu que os tribunais do júri – onde ocorrem os júris populares – têm soberania para decidir sobre a execução imediata de penas impostas aos condenados;
• O MPDFT fundamentou o pedido de prisão imediata de Adriana Villela com base nessa decisão;
• No entanto, o advogado de defesa de Adriana acredita que o movimento do MPDFT de aproveitar o novo entendimento do STF foi “absolutamente teratológico [anormal]” e que as decisões mencionadas pela acusação são “preclusas”; por isso, perderam o prazo previsto em lei;
• Além disso, a defesa da arquiteta também busca pela anulação do júri que a condenou em 2019.
O Metrópoles contou o caso com riqueza de detalhes no podcast Revisão Criminal. Em sete episódios, as teses da defesa e da acusação foram explicadas com profundidade.
Por Willian Matos
Fonte: metropoles.com