Na época, o Ministério Público Federal (MPF) acionou a Justiça para exigir o reembolso do valor, alegando que não fazia sentido a assassina ser beneficiada pelo crime que cometeu.
A cobrança judicial caminhou por anos até que, em 2013, a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que Suzane devolvesse R$ 44.500 aos cofres públicos.
Na época, Suzane alegou que já havia gastado todo o dinheiro e que não conseguiria pagar. Hoje, a Justiça Federal enfrenta dificuldades para localizar a devedora.
Após a ordem do STF, buscas patrimoniais foram realizadas nos sistemas Bacenjud, Renajud e Infojud para tentar bloquear contas bancárias, veículos e imóveis de Suzane. Entretanto, nenhum bem foi encontrado no nome de Suzane, que foi inviabilizada.
A pendência foi inscrita na Dívida Ativa da União e o nome de Suzane foi incluído, então, nos cadastros de inadimplentes, como o Serasa.
Resposta das autoridades
De acordo com dados divulgados pelo jornal O Globo, o “INSS informou que a cobrança é de responsabilidade da Receita Federal, que por sua vez, afirmou que não comenta casos específicos devido ao sigilo fiscal”.
Os agentes do governo não conseguem localizar Suzane, apesar da mulher ser obrigada a fornecer o endereço à Justiça de São Paulo.
Ela teria sido vista em Angatuba, Bragança Paulista, Águas de Lindoia, Atibaia e na Riviera de São Lourenço, em Bertioga (SP), todos municípios do interior paulista. Entretanto, o endereço verdadeiro de Suzane ainda não foi encontrado pela Receita.
Buscas continuam
A última movimentação do processo aconteceu no dia 14 de fevereiro deste ano, quando a Justiça reafirmou a cobrança e manteve as buscas por bens que possam ser bloqueados.
Apesar de estar inscrita na Dívida Ativa com o nome no Serasa, no ano passado a mulher conseguiu um financiamento pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) para cursar faculdade numa instituição particular.
O programa, que é mantido com recursos públicos, financia cursos superiores em instituições privadas para alunos que não têm condições de arcar com os custos. Segundo o Globo, “em tese, dívidas com a União, como a de Suzane, poderiam impedir o acesso ao benefício.”
Fonte: nsctotal.com.br