A idosa estava internada em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Santa Casa de Misericórdia de Goiânia desde quinta-feira (3), quando foi transferida do Cais. A denúncia foi feita por uma assistente social da unidade de saúde, que acionou a Delegacia Especializada no Atendimento ao Idoso (DEAI) após perceber que a paciente havia sido deixada por uma pessoa não identificada e não possuía documentos.
Segundo o delegado Alexandre Bruno de Barros, responsável pelo caso, a vítima foi encontrada em estado catatônico, suja de fezes e urina. A partir da identificação feita pela Superintendência de Identificação Humana da Polícia Civil, foi possível localizar o filho, que havia retornado para casa e não procurou a mãe por mais de dois dias.
Negligência e abuso financeiro contra a idosa
Durante o flagrante, o advogado alegou que “cuidava da mãe da melhor forma possível”, mas admitiu tê-la deixado no Cais devido à piora no estado de saúde. Ele foi preso em flagrante na sexta-feira (4), mas foi liberado após audiência de custódia com medidas restritivas, como a proibição de se aproximar da mãe e da residência onde ambos viviam.
A investigação também revelou indícios de exploração financeira. Mais de 60% da pensão da idosa – que era viúva de um magistrado – estavam comprometidos com empréstimos supostamente feitos pelo filho, segundo a polícia. Ainda conforme o delegado, esta foi a segunda vez que o advogado foi preso por maus-tratos contra a mãe. A primeira ocorreu em junho do ano passado.
Com a morte da vítima, o delegado afirmou que prepara um novo pedido de prisão. Se condenado, o suspeito pode pegar até 15 anos de reclusão. O nome do advogado não foi divulgado e sua defesa não foi localizada. O espaço permanece aberto para manifestações.
Fonte: maisgoias.com.br